domingo, 14 de março de 2010

Um dia tive um sonho......












Um dia tive um sonho ...
um sonho quase real, quase verdadeiro, quase perfeito,
em que o ser humano era mais justo e mais fraterno,
em que não havia ódio, rancor nem traição.
em que os problemas se resolviam pacificamente através da conversação e do dialogo,
em que uns aprendiam com os outros e havia oportunidades para todos,
em que a tolerância prevalecia,
em que o amor e a amizade eram verdadeiros sentimentos,
em que a confiança era a base de qualquer relação,
em que os interesses materiais não estavam acima de nada que prejudique o semelhante,
em que o racismo não existia,
em que a raça humana cuidava do território que habita e não o destruía,
em que o mundo era um verdadeiro paraíso,
em que o homem vivia, verdadeiramente, feliz rodeado de semelhantes mais justos, mais amigos, mais fraternos e mais compreensivos,
em que a raça humana já não matava o seu semelhante.

Um dia tive um sonho……………
Pena ter acordado e reparado que apenas tinha sido um sonho.

Sejam felizes enquanto for possível e lutem por um mundo melhor.

Nunca se esqueçam:

Felicidade é como uma folha de papel bem fina,
Basta uma faísca e…. Puff.


Um bem-haja para os verdadeiros, para os justos, para aqueles que ainda sonham como eu.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

História

Meus amigos,
O homem, as entidades, as gerações e o próprio Estado tendem a esquecer parte das suas raízes, parte dos seus antepassados e, especialmente, o modo como foi comercializado e dado a conhecer o artesanato que hoje é um orgulho para os Madeirenses: O Bordado, O Vinho, Os vimes e demais artesanato da Região.
Para tal deixo aqui o meu contributo, não só com mensagens escritas mas, também, com fotos da época.
Transcrevo alguns textos alusivos ao tema:

- "O porto do Funchal assumiu um protagonismo evidente no processo de afirmação do atlântico desde os primórdios da centúria quatrocentista, mantendo diversas funções e papéis. Assim para cumprir as funções e serviços de porto dos descobrimentos,de escala e apoio à navegação, circulação de informações teve que se apetrechar com hospitais e lazareto, hospedarias e hotéis, lojas de comércio, consulados,arsenais, cabrestante, varadouros. A isto correspondia um conjunto diversificado de ofícios: piloto ancorador, patrão mor do mar, bombotes ou Bomboteiros, funcionários da alfândega e trabalhadores braçais."
Fonte:[PDF]IX Colóquio Internacional de História das Ilhas do Atlântico.

- "O mercado flutuante dos bomboteiros,na sua flotilha de canoas, que cercavam
os paquetes logo que fundeavam,exibindo os artigos regionais, com destaque
para os bordados."
Do livro - Memórias do Funchal.O bilhete-postal Ilustrado até à primeira metade do Século XX,de José Manuel Melim Mendes.
Fonte: http://adefesadefaro.blogspot.com/2008/01/madeira-bomboteiros.html


- Os saudosistas do passado, principalmente aqueles que ainda se recordam do porto do Funchal na década de 50, irão deleitar-se ao ler as crónicas sobre os rapazes da mergulhança ou acerca dos bomboteiros. De modo a abrir o apetite e convidar à leitura, citamos apenas um pequeno excerto desta última:
«[…] A chegada de um navio à nossa ilha, pela grande repercussão que tinha na economia e na vida social, era referida por “Dia de São Vapor”. […] Entre os pequenos barcos que se aproximavam, até quase acostarem aos vapores, destacavam-se as canoas dos bomboteiros. Os bomboteiros eram uma espécie de vendedores ambulantes ou, mais precisamente, flutuantes, que, em velozes embarcações a remos – as suas canoas – transportavam e exibiam um pouco de tudo o que se fabricava na ilha […] Bordados, obra de vimes – desde os cestos às grandes
cadeiras – bonecas com traje típico e barretes de vilão ou “pencas” de banana, Vinho Madeira (conhecido por “vinho tratado”) apregoado como “Old Madeira Wine”, até às bem executadas caixas de madeira com embutidos […] havia um pouco de tudo nas canoas dos “vendedores flutuantes”. […]»
Do livro Crónicas da beira-mar de Victor Caires.
Fonte: http://www.portuguesetimes.com/Ed_1934/Cronicas/diacron%2010.htm


-"( ...)Vitorino José dos Santos que, no seu trabalho sobre os Bordados, Artefactos e Embutidos, editado em 1907, refere que na freguesia de São Martinho 120 mulheres que dedicavam-se a este tipo de manufactura, que era vendida nos bazares, pelos “bomboteiros”, chegando mesmo a ser exportada em grandes quantidades para o continente e estrangeiro(...) "
Fonte: http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=13&id=117454

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Os homens esquecidos

E depois do desenvolvimento?

Como viverão os 'bamboteiros', agora que o futuro é incerto e inseguro?
Que futuro terão aqueles homens que, não tendo outro meio de subsistência, vivem da venda de artesanato aos turistas que nos visitam, homens esses que, outrora, fizeram conhecer ao mundo o nosso bordado e os nossos vimes.
Que futuro terão Eles nesta nova conjuntura?
De que serve desenvolvimento se o mesmo não contempla a todos?
De que serve novas infraestruturas para mais e maiores paquetes se lhes é vedado o comercio e a subsistência?
E assim se desenvolve à custa dos 'desgraçados'.
Quem os defende?

Meus amigos. que tristeza ler noticias sobre o Porto do Funchal.
Dizem os entendidos ou simplesmente observadores, que estamos neste momento sem cais tendo em conta o mercado actual e o tipo de navios que existem. Mas será só por essa razão que podemos estar tristes?
No meu parecer, não!
E quem fala dos Homens que sempre viveram do comercio no Porto do Funchal?
Quem se importa por eles?
Afinal de contas quem levou o bordado da Madeira ao conhecimento do mundo?
Meus amigos, se duvidas existem, peço-vos para verem as fotos e tomarem conhecimento.
Alex